quarta-feira, 15 de junho de 2016



CNIDÁRIOS

1. Características Gerais

­ O nome cnidário se deve a uma célula especial localizada nos tentáculos chamada cnidócito, que serve para a captura de alimento e para a defesa do animal. Dentro dos cnidócito há uma cápsula (nematocisto), que contém uma espécie de fio enrolado com uma ponta que funciona como um arpão. Quando o cnidócito é tocado, a cápsula se abre e o fio se desenrola e sua ponta penetra na pele da presa, injetando nela uma toxina que pode paralisar e até matar pequenos. Os cnidários subdividem-­se em dois tipos:

os pólipos, que geralmente tem formato cilíndrico e a boca localiza-­se na parte superior do corpo rodeada de tentáculos; vivem fixos em substratos presentes no ambiente aquático e as medusas, que apresentam corpo gelatinoso em forma de “guarda-­chuva” concavidade inferior do corpo. Vivem livres nadando ativamente;

­ Além disto, os cnidários também foram os primeiros do reino metazoa a desenvolverem tecidos verdadeiros, que são a epiderme (originada pela ectoderme do embrião) e a gastroderme (originada pela endoderme do Os cnidários também foram a primeira filo a apresentar um sistema nervoso do tipo difuso, ou seja, onde os neurônios estão espalhados no corpo do animal, formando, então, uma rede; Seu corpo é baseado em simetria radial, ou seja, partindo do centro do corpo do animal, se tracejarmos linhas a fim de dividi-­lo, todas as partes de seu corpo ficaram de igual tamanho; Os cnidários foram os primeiros organismos a originar a boca, esta originada do blastóporo da gástrula. A boca separa o intestino do meio. Principalmente nas formas de medusa, os cnidários apresentam tentáculos que circundam a boca, que tem por objetivo ajudar na captura da presa e, também, na defesa do organismo;

2. Alimentação

­ Quando um animal encosta em um cnidário, ele movimenta os tentáculos, e os filamentos urticantes dos cnidócitos são disparados e paralisam a presa. Ela, então, é empurrada pelos tentáculos para dentro da cavidade central e começa a ser digerida. Os resíduos das células saem pela boca, visto que os cnidários apesar de possuírem boca, não possuem ânus; O gás oxigênio dissolvido na água entra pela epiderme e por ela sai o gás carbônico resultante da respiração celular;

3. Reprodução (ciclo de vida)

Os cnidários podem se reproduzir de forma assexuada ou sexuada; Sua reprodução assexuada acontece por brotamento: forma-se um broto no animal. Se for um animal solitário, o broto se solta e forma outro indivíduo. Se for uma colônia, o novo indivíduo aumenta o número de indivíduos da mesma. Já na reprodução sexuada, ocorre a metagênese: formação de espermatozoides que nadam até outro cnidário, fecundando seu óvulo e originando outro animal geneticamente diferente daqueles que lhe deram origem;

4. Classificação

Os cnidários podem ser classificados em 4 tipos: hydrozoa (hidras, caravelas), scyphozoa (águas-vivas), anthozoa (anêmonas, corais) e cubozoa (vespa do pacífico); Os hydrozoa são majoritariamente marinhos e alguns possuem estágio de medusa e pólipo em sua vida. Os scyphozoa são totalmente marinhos, o estágio de pólipo é reduzido e os animais podem chegar a possuir 2 metros de diâmetro, como acontece com algumas águas-vivas. Nos anthozoa, não há a fase de medusa e todos os animais são marinhos. E, por fim, nos cubozoa, todos os animais são marinhos e uma espécie desta classe é a vespa-­do-mar, um animal extremamente venenoso que pode chegar, inclusive, a ter cerca de 5 metros de diâmetro. Felizmente, esta só pode ser encontrada no litoral australiano;

5. Corais

Os corais são cnidários que produzem um esqueleto calcário: são pólipos que vivem em colônias. Cada pólipo forma um esqueleto calcário que se preserva mesmo depois da morte do animal e, dessa forma, vão se acumulando esqueletos e mais esqueletos. Se isso acontecer por milhares ou até milhões de anos, é possível a formação de ilhas inteiras feitas por corais; Os corais preferem águas quentes e rasas, por isso são comuns no litoral do nordeste Brasileiro. A maior quantidade de corais do mundo fica a nordeste da Austrália. Trata-se de uma barreira com 2 mil quilômetros de corais. É a maior construção feita por seres vivos que se conhece.
FUNGI

O reino Fungi é um grande grupo de organismos eucariotos, no qual os membros são denominados fungos, e são nele inclusos tanto micro-organismos como leveduras e bolores como os cogumelos, que nos são mais familiares. Os fungos são separados de outros reinos, como as plantas, animais, bactérias e protozoários, e uma grande diferença é o fato de as paredes celulares apresentarem quitina, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose.
Principais características:
·         Eucariotos;
·         Não apresentam cloroplasto nem celulose;
·         Heterotróficos por decomposição e absorção;
·         Produzem esporos;
·         Possuem um reforço de quitina na parede celular;
·         Apresentam células estruturais tubulares, alongadas e filamentosas chamadas de hifas, que juntas formam o micélio;
·         Podem ser tanto multicelulares como unicelulares;
·         Apresentam digestão extracelular;
·         São seres aeróbios obrigatórios;
·         Formam colônias;
·         Vivem em locais úmidos e ricos em matéria orgânica;
Curiosidades: algumas espécies de fungos apresentam bioluminescência.
Reprodução:
A reprodução dos fungos é complexa, refletindo as diferenças de modos de vida e das constituições genéticas existentes neste reino. Pode ser sexuada ou, em sua maior parte, assexuada.
Reprodução assexuada:
A reprodução assexuada por meio de esporos vegetativos (conídios) ou através da fragmentação do micélio é muito usual nos fungos; ela mantém populações clonais adaptados a um nicho ecológico específico e permite uma dispersão mais rápida do que a reprodução sexuada.
Reprodução sexuada:
Existe em todos os filos de fungos. Difere em muitos aspectos da sexuada de animais e plantas. Existem também diferenças entre classes de fungos, as quais podem ser utilizadas para determinar espécies em função da sua morfofisiologia nas estruturas sexuais e nos métodos de reprodução. Algumas espécies permitem o acasalamento apenas entre indivíduos de tipo reprodutor oposto, enquanto outras podem acasalar-se e reproduzir-se sexuadamente com qualquer outro indivíduo ou consigo mesmo, pelo fato de apresentarem uma estrutura sexual completa, tanto masculina como feminina.
Os fungos são divididos em quatro grandes grupos: Quitridiomicetos, Zigomicetos, Ascomicetos e Basidiomicetos.


QUITRIDIOMICETOS:
São os prováveis ancestrais dos fungos, vivem em ambientes aquosos ou solo úmidos próximos a represas, rios e lagos. Vivem da absorção de matéria orgânica que decompõem e, diversas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Grande parte é unicelular e eles vivem em colônias. Os quitridiomicetos constituem cerca de 800 espécies e, ao serem comparadas com as demais, são consideradas menos especializadas. Uma das suas principais características é a presença de células dotadas de flagelo em algumas fases da vida, que são os responsáveis pela sua locomoção.
                              
ZIGOMICETOS:
Os zigomicetos são fungos terrestres, em sua maioria, saprófitas e também parasitas, vivendo no solo e alimentando-se de matéria orgânica morta. Não possuem esporos flagelados, e na reprodução sexuada produzem zigósporos, ou seja, zigotos na parede espessa e resistente, podendo sobreviver em ambientes com péssimas condições. Esses fungos constituíam um problema em relação à alimentação humana antes de os antifúngicos serem adicionados na fabricação dos alimentos. Possuem células tubulares e filamentosas, com seu corpo formado por hifas cenocíticas, são utilizados na produção de produtos valiosos e vivem em locais úmidos, sem presença da luz solar, e decompõem matéria orgânica. A espécie Rhizopus stolonifer é o bolor que vemos quando pães e frutas ficam expostos por muito tempo. O bolor se alimenta de substratos repletos de açúcares e umidade.
Na reprodução dos zigomicetos, as hifas produzem enzimas que digerem extracelularmente a matéria orgânica do substrato, que é então absorvida, permitindo o crescimento do micélio. As hifas reprodutoras crescem para fora do substrato e formam no ápice suas estruturas assexuadas denominadas esporângios, que quando amadurecem (podendo mudar de coloração) liberam esporos para o ar. Os esporângios podem conter desde algumas dezenas até várias centenas de, que na maturidade formam massas secas e pulverulentas, permitindo sua dispersão pelo vento ou, quando molhados, com contato direto com diversos vetores.  
A principal característica distintiva dos Zygomycota vem de sua reprodução sexuada: o zigósporo, um esporo de resistência formado pela fusão de duas hifas denominadas gametângios. A fusão pode ocorrer entre gametângios de diferentes micélios ou de um mesmo micélio, dependendo da espécie. Quando gametângios compatíveis se encontram, suas paredes se fundem, permitindo a mistura dos protoplastos e a fusão dos respectivos núcleos. A célula resultante cresce, formando o zigosporângio, que muda seu aspecto para cada espécie estudada.



ASCOMICETOS:
Entre as principais características apresentadas pelos Ascomycetes, pode-se citar os micélios septados, com glucanas, e a produção de um tipo especial esporângio, denominado asco. Nos ascomicetos, há duas formas de reprodução bem distintas e, apesar disso, sua classificação é feita com base nas estruturas reprodutivas. A reprodução sexuada ocorre da seguinte forma: as hifas homocarióticas formam os ascogônios e os anterídios. Quando os dois se encontram e são compatíveis, ocorre a plasmogamia, que é a fusão parcial destas estruturas.
Na estrutura feminina (ascogônios) irão surgir hifas com núcleos haploides e heterocarióticos, pois são resultado da fusão de dois talos. Na extremidade destas hifas formam-se ganchos, por onde cresce o micélio, formando células com dois núcleos. Um tempo depois, ocorre a cariogamia, formando um núcleo diploide, e por meiose forma 4 núcleos haploides, logo após sofre mitose, formando 8 núcleos haploides, que formam 8 esporos. Quando os ascósporos germinarem, darão origem a um micélio uninucleado e outro haploide, que se reproduzem assexuadamente por conidiósporos.
Estes organismos vivem, também, em locais úmidos e ricos em matéria orgânica, e são facilmente encontrados na natureza na forma de orelhas-de-pau.


BASIDIOMICETOS:
Esse grupo possui estruturas na forma de bastões, chamados basidiósporos. Eles têm uma importância variada, tanto do ponto de vista ecológico quanto nos setores de alimentação, biotecnologia e medicina. Os fungos deste filo podem ser encontrados na forma de micélios, quando leveduriformes, sendo a primeira sua fase dominante. O micélio é sempre septado, e possuindo o micélio primário uma estrutura haploide. Esses fungos podem se apresentar na forma haploide e dicariótica (presença de dois núcleos distintos dentro da célula).
Ao contrário dos ascósporos, os basidiósporos são exógenos e encontrados em quatro por basídio, normalmente. Em vários grupos, ocorre uma dispersão por meio de uma descarga violenta de esporos. Esses esporos são denominados balistosporos. Sabe-se que a gota hilar encontrada na base dos basidiósporos está relacionada à descarga de balistosporos. Os tipos e formas de basídios são características muito utilizadas para a identificação dos grupos de Basidiomicetos.
A reprodução dos Basidiomicetos pode ocorrer de duas formas: assexuada e sexuada. A forma assexuada pode consistir na divisão do talo, brotamento ou produção de vários esporos assexuais. O início da fase sexuada dá-se pela fusão entre células haploides compatíveis, tornando-se células dicarióticas. Esse micélio dicariótico dá origem aos basídios onde, na formação desses esporos, ocorre a união dos núcleos. Não apenas na formação dos basídios, mas também na formação de novas células do micélio secundário, há formação de um gancho denominado ansa ou fíbula.
Os Basidiomicetos podem apresentar um micélio visível, responsável pela reprodução do grupo, onde são armazenados os basídios. Tal conjunto é chamado de basidioma. Todos os fungos que apresentam essa estrutura pertencem ao grupo, mas a ausência dessa característica não o exclui do mesmo, podendo pertencer de classes que não possuam basidiomas. Outros ainda podem apresentar diferentes formas, como gelatinosas, carnosas, secas, etc.

File:Fungo basidiomicetos.jpg


ASSOCIAÇÕES DE FUNGOS COM OUTROS SERES:
Líquens:
Os liquens são a associação de um ascomiceto ou basidiomiceto com uma alga verde ou uma cianobactéria. É uma associação mutualística, e as vezes a separação dos seres pode leva-los à morte. O corpo do líquen recebe o nome de talo. Na nutrição deste, a alga ou cianobactéria (que são fotossintetizantes) fornece a matéria orgânica para ambos os organismos, e o fungo proporciona a absorção de matéria orgânica e nutrientes, além de sais minerais e umidade. Em locais inóspitos, os líquens normalmente são os primeiros organismos a aparecer, e por isso são, muitas vezes, considerados uns dos organismos pioneiros, que primeiro habitaram a Terra, e podem ser encontrados em rochas, no solo, e em troncos de árvores.
Os líquens são importantíssimos para o meio ambiente, já que em alguns locais muito poluídos, sua morte avisa essa poluição e dá ao ser humano a chance de corrigi-la. O fungo se reproduz individualmente, produzindo esporos (tanto sexuais quanto assexuais). Já a alga s apenas reproduz-se assexuadamente, por meio de pequenos fragmentos que se desprendem do talo.


Micorrizas:

São associações entre fungos e raízes de plantas. A planta fornece compostos orgânicos e o fungo fornece a ela os nutrientes e sais minerais necessários, como os de nitrogênio e fósforo. A presença de micorrizas reduz a necessidade do uso de fertilizantes ricos em fósforo, o que aumenta a produtividade.

PORÍFEROS

O filo dos poríferos é composto pelas esponjas. São aquáticas e a maioria é encontrada nos mares e oceanos, mas algumas podem ser encontradas em água doce. Seus tamanhos e formas variam muito. 
Na imagem acima está representada uma esponja asconoide e suas respectivas estruturas:
Pinacócitos: células hexagonais achatadas, que formam a camada exterior da esponja, denominada pinacoderme;
Porócitos: são células cilíndrico, com orifícios que tornam possível a entrada de água na esponja;
Coanócitos: células flageladas que compõem o interior da esponja, e são responsáveis pela manutenção do fluxo de água;
Amebócitos: se encontram no mesohilo (parte entre as paredes interna e externa) e têm a função de repor células perdidas. Os amebócitos são como células tronco: podem desempenhar qualquer função;
Espículas: são responsáveis pela sustentação e proteção do corpo.
O orifício pelo qual a água sai após ser "ingerida" pela esponja se chama ósculo, e o espaço livre em seu interior é denominado átrio. 

Quanto à forma, as esponjas podem ser:
Asconoides: têm o formato de um vaso;
Siconoides: neste tipo, a parede corporal se dobra sobre si mesma, formando diversas pequenas câmaras;
Leuconoides: possuem dobras mais complexas, com várias câmaras interligadas.

A nutrição é intracelular, feita pelos coanócitos, com a realização de fagocitose, e a excreção é feita por exocitose, onde os resíduos eliminados no átrio saem pelo ósculo,  acompanhando o fluxo da água. A reprodução das esponjas pode ser tanto sexuada quanto assexuada. 
Na assexuada, pode acontecer a gemulação ou o brotamento. Na primeira, as gêmulas (aglomerados resistentes de nutrientes envoltos em espongina) são liberadas pela esponja, e ao se fixarem ao substrato, dão origem a novas esponjas. Na segunda, os brotos são formados junto ao corpo da esponja, e se liberam e são carregados pela correnteza. Da mesma forma, quando fixam-se no substrato, dão origem a novos seres. 
Na reprodução sexuada, as esponjas liberam óvulos e espermatozoides (elas são seres hermafroditas em sua maioria), que ao se encontrarem, formam uma nova esponja.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

EMBRIOLOGIA:

Todos os animais têm em comum as primeiras fases de formação do embrião. Primeiramente, é formado o zigoto, que surge do encontro entre o espermatozoide e o óvulo. Esse zigoto se divide até formar a blástula, estrutura esférica oca (a cavidade em seu interior é denominada blastocele). À medida que esta vai sofrendo deformações, vão surgindo novas estruturas como o arquêntero, a ectoderme, a mesoderme, a endoderme e o blastóporo. Estas são as fases comuns a todos os animais. 
Depois desse ponto, cada um 
segue sua evolução, com diferentes fases e formações. 

METAZOA
Características gerais:
1) Multicelularidade
2) Colágeno
3) Movimento (tecido especializado)
4) Nutrição: heterotróficos por ingestão (digestão extracelular e intracelular)

Sub-reinos e filos:
  1. Poríferos;
  2. Cnidários;
  3. Platelmintos;
  4. Nematoides;
  5. Moluscos;
  6. Anelídeos;
  7. Artrópodes;
  8. Equinodermos;
  9. Cordados.

PROTISTAS

Os protistas são seres eucariontes sem tecidos. A maioria é unicelular, embora haja alguns com tamanhos surpreendentes (mais de 40 m). Eles são, normalmente, divididos em algas e protozoários. As algas são autótrofas, enquanto os protozoários são heterótrofos.

ALGAS: as algas são fotossintetizantes, e a maioria é aquática. Podem ser divididas em diversos grupos, mas os 3 principais são:
Feófitas: Algas pardas; pluricelulares;Clorófitas: Algas verdes; unicelulares, em maioria;Rodófitas: Algas vermelhas;pluricelulares;
PROTOZOÁRIOS:
Os protozoários normalmente são classificados tomando como base seu deslocamento. Há os ciliados, que em sua maioria são predadores (paramécio), os flagelados, que são parasitas (tripanossoma - doença de Chagas), os esporozoários, que não possuem sistema de locomoção, e os rizópodes (amebas), que são capazes de mudar a forma de seu corpo para se locomover.