terça-feira, 22 de março de 2016

VÍRUS

VÍRUS

     Os vírus são seres peculiares, pois só são classificados seres vivos se estiverem dentro de outro ser vivo. Caso isso não aconteça, eles são apenas proteínas. Por causa disso, são classificados como parasitas celulares obrigatórios (precisam de uma célula viva para sobreviver). 
     Suas principais características são:
  1.  Não possuem estruturas celulares;
  2. São formados basicamente por uma cápsula proteica (capsídeo) que contém em seu interior um só tipo de ácido nucleico. Alguns vírus mais desenvolvidos e complexos podem apresentar também lipídios e glicídios presos ao capsídeo;
  3. Alguns vírus possuem uma membrana lipoproteica externa, denominada envelope, que envolve o vírus e facilita sua interação com a membrana citoplasmática das células hospedeiras e aumenta a proteção do vírus contra o sistema de defesa do hospedeiro;
  4. A informação genética de um vírus é seu acido nucleico, que pode ser DNA ou RNA, nunca os dois ao mesmo tempo. Os que possuem RNA são chamados de RETROVÍRUS, e os que possuem DNA são chamados de ADENOVÍRUS;
  5. Vírus são tão pequenos que podem penetrar o interior das menores bactérias conhecidas. Sendo assim, são visíveis apenas no microscópio eletrônico;
  6. Só apresentam propriedades de vida quando estão no interior de células vivas, portanto são considerados PARASITAS CELULARES OBRIGATÓRIOS;
  7. Os vírus têm certa "especialidade": optam por organismos específicos, e, num mesmo organismo, podem optar por determinados tecidos ou órgãos.

Image result for vírus estruturaAdenovírus envelopado.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/virus.htm


Retrovírus não-envelopado (helicoidal)
Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/09/morfologias-virais.html

     A reprodução dos vírus pode ocorrer em dois ciclos:
  1. CICLO LÍTICO: o material genético viral, já no interior da célula hospedeira, interrompe suas funções e passa a comandar seu metabolismo. Pouco tempo depois, cerca de 200 novos bacteriófagos são produzidos, a célula se rompe e os libera;
  2. CICLO LISOGÊNICO: o material genético viral não interfere no metabolismo da célula. A célula se reproduz normalmente e com ela o material genético do vírus. Se a célula se arrebentar, a reprodução é classificada como Ciclo Lítico.
     A grande maioria dos vírus é um agente patogênico, e não há um tratamento específico para tais viroses. Há somente a prevenção por vacinação. As principais doenças que atingem o homem e são virais são:
  • Raiva: transmitida pela mordida de animais. O vírus se instala no sistema nervoso;
  • Hepatite Infecciosa: transmitida por saliva ou muco, ou ainda pela contaminação fecal de água e objetos. O vírus se instala no fígado e se reproduz, destruindo várias células;
  • Herpes: transmitida por contato direto com infectados. O vírus permanece no corpo e se manifesta de tempos em tempos, quando o sistema imunológico do hospedeiro fica instável devido à alguma outra doença;
  • Gripe: transmitida por gotículas de secreção expelidas pelas vias respiratórias. O vírus penetra pela boca ou elo nariz, localizando-se nas vias respiratórias superiores.
  • Dengue: transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado;
  • AIDS: transmitida por contato sexual (saliva, esperma e muco vaginal) e pelo sangue. O vírus adentra o organismo e ataca seu sistema imunológico. É quase impossível a criação de uma vacina ou algum medicamento para tratamento, pois o vírus sofre inúmeras mutações toda vez que é transmitido.



TAXONOMIA


TAXONOMIA

     As regras de classificação dos seres vivos foram primeiramente implantadas por Aristóteles, que os classificou em Reinos: VEGETAL, MINERAL e ANIMAL. No reino animal havia subclassificações. Os animais Aquáticos viviam na água do nascimento até a morte, assim como os Terrestres. Porém, os Aéreos nasciam na terra, passavam a maior parte da vida no ar e voltavam para terra para morrer. Os critérios eram, portanto, a locomoção e a alimentação.
     Teofrasto dividiu os vegetais em outras três subclassificações: Ervas, Arbustos e Árvores. Esses eram classificados pelo porte.
     Mais tardiamente, em 1735, Carl von Linée (LINEU) "criou" a taxonomia, e estabeleceu critérios básicos para a classificação de todos os seres vivos da terra. Ele os ordena em categorias hierárquicas: REINO > CLASSE > ORDEM > GÊNERO > ESPÉCIE. A nomenclatura é feita em um sistema binominal, ou seja, há dois nomes, sendo o primeiro o epíteto genérico (sempre em letra maiúscula) e, o segundo, o epíteto específico (sempre em letra minúscula). Tais nomes devem ser escritos em latim. Se manuscritos, devem ser sublinhados, e se escritos no computador, devem estar em itálico.

     Exemplo: Canis familiaris (cão doméstico): Gênero Canis e espécie Canis familiaris.
     Os nomes científicos servem para facilitar a comunicação mundial, pois todos os animais passaram a ter o mesmo nome em diferentes regiões do mundo.

     Hoje já há um aperfeiçoamento dessas classificações, com outras categorias, e há códigos de nomenclatura internacionais que regulam a classificação. Juntando-se as novas categorias, temos a seguinte ordem: REINO > FILO (para animais) ou DIVISÃO (para as plantas) > CLASSE > ORDEM > FAMÍLIA > GÊNERO > ESPÉCIE.
     Há, algumas vezes, um subgênero, que deve ser escrito logo depois do gênero, entre parênteses, com letra maiúscula. Exemplo: Anopheles (Nyssurhynchus) darlingi, que é um tipo de mosquito. No caso de subespécie, deve ser escrita no final, com letra minúscula. Exemplo: Rhea americana alba, que é uma ema branca.



 
  Fonte: http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/sistclassific.htm