terça-feira, 13 de setembro de 2016

ANELIDEOS

Não é só para isca de pesca que os anelídeos servem. A minhoca, por exemplo, aumenta a aeração e a circulação da água no solo, tornando-o propício para a agricultura. As sanguessugas foram e ainda são muito usadas na medicina e há também anelídeos que são usados na culinária de alguns povos, logo que são uma ótima fonte de proteína.

É nos anelídeos que o sistema circulatório surge pela primeira vez. O sangue desses animais possui hemoglobina, o mesmo pigmento que possuímos no nosso sangue para transportar gases. Eles são animais surpreendentes e podem ter diversos corações para bombear o sangue por todo o seu corpo.

Os anelídeos são os únicos vermes dotados de celoma, ou seja, uma cavidade do corpo inteiramente delimitada pela mesoderme. O corpo é revestido por um tecido epitelial simples, que secreta uma cutícula delicada, protegendo o organismo contra a desidratação

Há, no filo dos anelídeos, aproximadamente 10.000 espécies incluindo animais de vida livre, aquáticos, terrestres, ectoparasitas e endoparasitas. Essas 10.000 espécies se dividem em três grupos: os oligoquetas, os poliquetas e os hirudíneos.





OLIGOQUETAS (MINHOCAS):


Muitas pessoas, principalmente as crianças, acham que se cortar uma minhoca ao meio, ela se tornará duas. Antes que você também resolva fazer tal experiência, saiba que isso é um mito. Ninguém sabe a origem desse mito, mas há uma grande probabilidade de ele ter surgido da associação que muita gente faz da minhoca com a planária, um parente próximo. Esse verme, que é um platelminto, é capaz, sim, de se dividir e formar dois. A minhoca, apesar de ter uma incrível capacidade de regeneração, não tem a capacidade de formar duas de si. Mas se cortada ao meio, apenas a parte que tem a boca formará uma nova minhoca, logo que ela continuará se alimentando.


A nossa vida está diretamente ligada as atividades das minhocas devido a importante atuação delas na preparação, manutenção e recuperação dos solos férteis para o plantio. Elas conseguem transformar, significativamente, as condições físicas do solo onde vivem, logo que escavam redes de galerias que favorecem a aeração, drenagem, absorção e retenção da água, além de tornarem o solo homogêneo. Esses incríveis anelídeos alimentam-se dos detritos orgânicos presentes no solo e os seus resíduos digestivos são ricos em todas as substancias necessárias ao desenvolvimento da vida vegetal.


As minhocas são sensíveis ao frio, a excesso de umidade, solos muito ácidos ou muito básicos. Seus segmentos variam de número entre sete para as minhocas menores de quatro centímetros e quinhentos para os minhocuçus, que podem chegar a dois metros de comprimento.


A maior minhoca encontrada até hoje é a gigante australiana, que pode chegar a três metros e meio.


Elas são hermafroditas, isto é, cada uma possui testículos e ovários, mas não são capazes de se reproduzir sozinha. É necessário uma outra para haver a troca de espermatozoides para a reprodução através da reprodução cruzada


Na cópula elas se ligam pelo clitelo( órgão reprodutor) e se separam depois da troca de espermatozoides.


Uma curiosidade é que elas estão sempre mudando de território, quando o solo já foi 100% reciclado por elas. Depois de um tempo, elas voltam para comer os novos detritos.


A excreção das minhocas ocorre pelos poros próximos aos anéis e o muco viscoso que sai pela pele , além de impermeabilizar as paredes das galerias , tem propriedades imunizadoras

POLIQUETAS

Geralmente marinhos, os poliquetas são, como o próprio nome diz, animais com muitas cerdas. Os poliquetas são carnívoros e apresentam mandíbulas para capturar o alimento.

Muitos deles são consumidos como alimento, principalmente o grande poliqueta Eunice veridis conhecido como “palolo”, que é comido por povos de certas ilhas na Polinésia no Pacífico

Alguns poliquetas fazem reprodução assexuada por equizogenese, ou seja, há uma fragmentação do corpo e cada “pedaço” se desenvolve formando um novo indivíduo. Porém, mais comumente, há reprodução sexuada

HIRUDÍNEOS (SANGUESSUGAS)
As sanguessugas podem viver em ambiente aquáticos( mar ou água doce) ou terrestres. São ectoparasitas que podem provocar hemorragias as quais podem durar de 6 a 12 horas devido a uma substância anticoagulante encontrada em suas glândulas salivares.
Esses animais foram, durante muitos anos, utilizados na medicina com o objetivo de auxiliar na terapia de muitos males, através das sangrias, logo que , como a medicina não era muito desenvolvida, havia uma escassez de opções terapêuticas para “curar” tais males.

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